Blaise Pascal
Nascido em 1623, em Clermont Ferrand na França, no berço de uma família de magistrados, o jovem Blaise Pascal fora incentivado desde muito cedo aos estudos, pelo seu pai, um grande interessado pelas ciências matemáticas.
Aos oito anos, foi transferido para Paris, recebendo ensinamentos dos principais estudiosos de sua época.
Com doze anos já formulava, sem auxilio de livros, as primeiras proposições da geometria euclidiana. Aos dezesseis escreveu um tratado sobre secções cônicas transversais e aos dezoito inventou a primeira máquina de calcular.
Quando tinha vinte e três anos foi estimulado, por Pierre Petit, a reproduzir as experiências de Torricelli sobre a pressão atmosférica, demonstrando que no alto do barômetro existia algo que se aproximava do vácuo, o que contrariava a teoria aceita por milhares de anos de que “a natureza tem horror ao vácuo”.
Pascal acreditava que a realidade extravasava em todos os sentidos as possíveis fragilidades da razão, e que é necessário interrogar a natureza, ou seja, a experiência aliada ao raciocínio é o que permite chegar à compreensão dos fenômenos físicos.
Ele também se destacou por saber aliar o espírito prático ao seu raciocínio teórico. Além da invenção da máquina de calcular, foi o primeiro a propor o serviço de ônibus (que na época eram grandes carruagens) como transporte coletivo, por exemplo. Também elaborou sistemas de polias capazes de permitir que uma criança retirasse um volume equivalente a 130 quilogramas de água de um poço.
Nos últimos anos de sua breve vida, Blaise Pascal abandonou praticamente todas as suas atividades científicas, trabalhando apenas quando os intervalos de sua doença o permitiam. Retirou-se para o mosteiro de Port Royal, onde faleceu em 19 de agosto de 1662, com apenas trinta e nove anos.